Universidade do Gana em Legon
Universidade do Gana em Legon, um subúrbio de Accra, no Gana. (Fotografia de Michael Sean Gallagher, cortesia da Wikimedia Commons).

ACCRA, Gana - A Associação Internacional de Jornalistas de Religião está a reunir os principais jornalistas e académicos de religião para a nossa conferência de 28 e 29 de julho de 2016 Reportagem sobre religião e espiritualidade em África.

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A conferência destina-se principalmente aos nossos colegas africanos que cobrem a religião num continente que está a moldar cada vez mais a atualidade mundial. As manchetes de primeira página emergem regularmente deste continente, à medida que as nações africanas se debatem com as heranças do colonialismo, ao mesmo tempo que tentam dar poder a uma região com uma mistura racial, étnica, cultural e religiosa tão complexa de povos.

Quão grande é África? Se juntarmos os EUA, a China, a Índia, a Europa e o Japão, todos cabem no continente africano. Os esforços para trazer jornalistas do Gana e de outras nações africanas para a conferência exigiram longas horas de planeamento coordenado pela nossa equipa, incluindo os co-directores Larbi Megari, que está baseado na Argélia, e Elisa DiBenedetto, em Itália. Estes também estarão no Gana a ajudar a coordenar a conferência.

Endy Bayuni numa cidade à noite
O Diretor Executivo da IARJ, Endy Bayuni, também editor sénior do The Jakarta Post

Esta é a sexta conferência da IARJ e a primeira vez que nos reunimos no continente africano, afirmou o Diretor Executivo da IARJ, Endy Bayuni, que também é editor sénior do The Jakarta Post, o maior jornal de língua inglesa da Indonésia. Desde a fundação da IARJ em 2012, foram realizadas conferências em Bellagio (Itália), Belo Horizonte (Brasil), Londres, Boston (Massachusetts), Brisbane (Austrália) e Buenos Aires (Argentina).

Queremos agradecer ao nosso principal patrocinador, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), e também à Universidade de Accra por nos receber, disse Bayuni.

Porque é que África é de particular interesse para os jornalistas e académicos que se dedicam à religião?

África é tão grande e tem tantos países diferentes que vemos todas as grandes religiões do mundo representadas - mas também vemos muitas fés indígenas a coexistirem com as principais religiões.

Sabemos que esta situação pode levantar problemas, conflitos e tensões entre as diferentes tradições e práticas. Mas esta diversidade também pode enriquecer a vida das pessoas. Orgulho-me de que a JIRJ venha agora a África não só para discutir as melhores práticas de reportagem sobre religião, mas também para valorizar a rica experiência dos africanos que vivem pacificamente e lidam com as tensões e os conflitos entre as diferentes comunidades. O mundo pode aprender muito com as experiências e os conhecimentos dos africanos.

A conferência tem por objetivo facilitar encontros frutuosos entre jornalistas de religião de vários países de África. O encontro foi concebido para servir os participantes com recursos partilhados, relações colegiais, bem como ferramentas práticas necessárias para cumprir os mais elevados padrões de reportagem sobre questões de religião e espiritualidade em África. A Conferência explorará temas como o diálogo inter-religioso; a cobertura do extremismo e dos conflitos; a forma como as fontes de informação religiosa estão a lidar com os meios de comunicação social e os jornalistas; as tendências e a investigação mais recente sobre questões de religião global; as minorias religiosas em África; as mulheres e a religião.

Os participantes também se reunirão em grupos de trabalho com distintos colegas regionais e mundiais para discutir e identificar as principais histórias sobre religião que precisam de ser contadas e partilhar recursos das suas próprias nações e experiências.

A conferência reflecte o espírito descrito na declaração de missão da IARJ:

A Associação Internacional de Jornalistas de Religião é uma rede global de jornalistas que promove a excelência na cobertura da religião e da espiritualidade. Fornece serviços e recursos para reforçar e apoiar o trabalho dos seus membros. Envolve os líderes dos meios de comunicação social, as instituições educativas e as comunidades na importância de uma cobertura precisa, equilibrada e ética da religião para promover compreensão.